em concursos públicos

Em dois anos, decretos do governo extinguem 717 cargos na UFSM

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

O presidente Jair Bolsonaro assinou, na segunda-feira, um decreto que extingue 27,5 mil cargos que compõem o governo federal. De acordo com a assessoria de comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com o decreto, haverá uma redução de 376 vagas na instituição. Em janeiro 2018, outro decreto já havia afetado a UFSM com a extinção de de outras 341 vagas. Portanto, em dois anos, decretos do governo federal reduziram 717 posições de trabalho na universidade.

Hoje, a instituição possuiu um total de 2.681 servidores técnico-administrativos em educação. Isso significa que mais de um quarto dos servidores do quadro atual não será reposto nos próximos anos.

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- Isso representa a desvalorização do ensino superior em nosso país. Mas precisamos ter esperança de que tempos melhores virão e que a educação ainda será prioridade no Brasil - analisa o reitor Paulo Afonso Burmann.  

Do total de vagas atingidas pelo recente decreto nº 10.185, publicado em 20 de dezembro de 2019, 75% (285 vagas) ainda estão ocupadas por servidores de carreira que, ao saírem do efetivo exercício, não terão sua vaga reposta. O impedimento de abrir novos concursos públicos para os cargos também impacta na contratação de servidores em 11 diferentes cargos em que a universidade ainda possui concursos válidos em andamento.

- Esse decreto, assim como o decreto de 2018, que já extinguia cargos da carreira pública, tem impacto direto na qualidade do serviço prestado. Nossa universidade se sustenta com ensino, pesquisa e extensão graças ao trabalho de professores e dos técnico-administrativos em educação. O maior impacto será sentido a longo prazo, já que será exigido das instituições a mesma qualidade de serviço, mas com uma estrutura organizacional reduzida - destaca Burmann.

Entre os extintos, estão, por exemplo, cargos técnicos com atuação nos laboratórios da UFSM. Também é extinto o cargo de tradutor intérprete de linguagens de sinais, profissionais que acompanham estudantes e servidores com deficiência auditiva em sala de aula e atividades de ensino, atuam na tradução simultânea de eventos e na produção de vídeos institucionais e didáticos.

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- Avançamos muito no sentido de transformar a UFSM em um espaço inclusivo. Hoje, por exemplo, temos 13 profissionais tradutores intérpretes da linguagem de sinais, que vêm desenvolvendo um trabalho bastante importante na nossa Universidade. Temos um concurso aberto para a contratação de mais um profissional. Este número ainda está aquém do que a universidade precisa. Mas com o decreto divulgado na última semana, não poderemos contratar mais ninguém desta área. E o mesmo acontece com os demais cargos, que são igualmente importantes - afirma o vice-reitor Luciano Schuch.

DECRETO ANTERIOR
Em janeiro 2018, com o Decreto nº 9.262, a UFSM já havia sido afetada com a extinção de sete cargos nos níveis A e B. Além disso, foi vedada a abertura de concurso e o provimento de vagas em quantitativo superior ao estabelecido em edital para 21 cargos (muitos destes cargos foram extintos pelo decreto recentemente publicado). Isso representou para a UFSM, em 2018, uma perda de 341 vagas extintas, que não serão repostas.

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